CULTURA E IDENTIDADE: COMUNICAÇÃO PARA A IGUALDADE ÉTNICO-RACIAL.
ALUNOS CANTANDO EM HOMENAGEM AO HOMEM NEGRO
Alunos da Escola Municipal
Francisca Pires de Albuquerque, conhecem algumas expressões culturais
afro-brasileiras e indígenas e fortaleceram a identidade étnico-racial, desde
então, promovem a autoestima e autoconfiança de todo o povo considerado descendentes
de Africanos, que antes discriminavam inconscientemente.
Atividades culturais como,
danças, músicas e trabalhos manuais despertaram a curiosidades das crianças
para entender melhor o processo histórico afrodescendente.
ALUNOS ENSAIANDO A DANÇA PÉROLA NÉGRA
AS DANÇAS EXPRESSAM O RESGATE DOS PROCESSOS DE LUTA E RESISTÊNCIA E VALORIZA OS EFEITOS GESTUAIS DA POPULAÇÃO NEGRA.
TEXTO INFORMATIVO:
A CULTURA
AFRO-BRASILEIRA
O Brasil tem a
maior população de origem africana fora da África e, por isso, a cultura desse
continente exerce grande influência, principalmente na região nordeste do
Brasil. Hoje, a cultura afro-brasileira é resultado também das influências dos
portugueses e indígenas, que se manifestam na música, religião e culinária.
Devido à
quantidade de escravos recebidos e também pela migração interna destes, os
estados de Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo,
Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados. No
início do século XIX, as manifestações, rituais e costumes africanos eram
proibidos, pois não faziam parte do universo cultural europeu e não
representavam sua prosperidade. Eram vistas como retrato de uma cultura
atrasada. Mas, a partir do século XX, começaram a ser aceitos e celebrados como
expressões artísticas genuinamente nacionais e hoje fazem parte do calendário
nacional com muitas influências no dia a dia de todos os brasileiros.
Em 2003, a lei
nº 10.639 passou a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e
médio incluíssem no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira.
Todos os professores da cidade de São Vicente-RN foram capacitados em formação
continuada para melhor trabalharem o tema em sala de aula.
A principal
influência da música africana no Brasil é, sem dúvidas, o samba. O estilo hoje
é o cartão-postal musical do país e está envolvido na maioria das ações
culturais da atualidade. Gerou também diversos subgêneros e dita o ritmo da
maior festa popular brasileira, o Carnaval. O samba é a principal influência da
cultura africana e cartão-postal musical do Brasil.
Inicialmente
desenvolvida para ser uma defesa, a capoeira era ensinada aos negros cativos
por escravos que eram capturados e voltavam aos engenhos. Os movimentos de luta
foram adaptados às cantorias africanas e ficaram mais parecidos com uma dança,
permitindo assim que treinassem nos engenhos sem levantar suspeitas dos
capatazes. Durante décadas, a capoeira foi proibida no Brasil. A liberação da
prática aconteceu apenas na década de 1930, quando uma variação (mais para o
esporte do que manifestação cultural) foi apresentada ao então presidente
Getúlio Vargas, em 1953, pelo Mestre Bimba. O presidente adorou e a chamou de
“único esporte verdadeiramente nacional”.
A África é o
continente com mais religiões diferentes de todo o mundo. Ainda hoje são
descobertos novos cultos e rituais sendo praticados pelas tribos mais
afastadas. Na época da escravidão, os negros trazidos da África eram batizados
e obrigados a seguir o Catolicismo. Porém, a conversão não tinha efeito prático
e as religiões de origem africana continuaram a ser praticadas secretamente em
espaços afastados nas florestas e quilombos.
Na África, o
culto tinha um caráter familiar e era exclusivo de uma linhagem, clã ou grupo
de sacerdotes. Com a vinda ao Brasil e a separação das famílias, nações e
etnias, essa estrutura se fragmentou. Mas os negros criaram uma unidade e
partilharam cultos e conhecimentos diferentes em relação aos segredos rituais
de sua religião e cultura. As religiões afro-brasileiras constituem um fenômeno
relativamente recente na história religiosa do Brasil. O Candomblé, a mais
tradicional e africana dessas religiões, se originou no Nordeste. Nasceu na
Bahia e tem sido sinônimo de tradições religiosas afro-brasileiras em geral.
Com raízes africanas, a Umbanda também se popularizou entre os brasileiros.
Agrupando práticas de vários credos, entre eles o catolicismo, a Umbanda
originou-se no Rio de Janeiro, no início do século XX.
Outra grande
contribuição da cultura africana se mostra à mesa, (culinária), Pratos como o
vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, sarapatel, baba de moça, cocada, bala de
coco e muitos outros exemplos são iguarias da cozinha brasileira e admirada em
todo o mundo. Mas nenhuma receita se iguala em popularidade à feijoada.
Originada das senzalas, era feita das sobras de carnes que os senhores de engenhos
não comiam. Enquanto as partes mais nobres iam para a mesa dos seus donos, aos
escravos restavam as orelhas, pés e outras partes dos porcos, que misturadas
com feijão preto e cozidas em um grande caldeirão, deram origem a um dos pratos
mais saborosos e degustados da culinária nacional.
AUTOR NÃO
IDENTIFICADO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário